segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cara a Cara com o Cliente

O cliente está aqui, ali, em todos os lugares. Mas então, por que ainda existem empresários que apontam a falta de clientes como uma das principais dificuldades responsáveis pelo insucesso de um empreendimento? O que é que faz com que uma empresa tenha preferência, já que os produtos estão cada vez mais iguais, com relação aos oferecidos pela concorrência? Dois grandes atributos devem ser considerados: a Razão, que leva em consideração os preços baixos, os amplos sortimentos, canais de distribuição; e o outro é a Emoção, que diz respeito diretamente a todas as formas de relacionamento com este cliente que não se contenta apenas em ver suas necessidades saciadas. Ele deseja que suas expectativas sejam superadas. Para isso as empresas precisam estudar a fundo o que de fato atinge o lado emocional dos indivíduos que estão do outro lado do balcão, da vitrine, do telefone, da rua, da cidade, e do mundo.
Existem algumas recomendações básicas para identificar e estabelecer um relacionamento duradouro com este universo de pessoas, a começar pela criação de um bom banco de dados, contendo seu perfil e preferências, preparação dos produtos a serem ofertados, qual o momento certo de chamá-lo para visitar a loja, o controle das visitas, e a identificação dos canais que ele prefere ser informado sobre as novidades. Mas isto por si só não é suficiente. É preciso manter este cliente por anos e anos, fiel a sua empresa. Isso geralmente é considerado por muitos como o mais difícil. É o que chamamos o pós venda ou atendimento continuado. Significa dizer que as vendas não devem ser encerradas após a entrega dos produtos. Demonstrar um cuidado nesse momento certamente trará resultados satisfatórios. E são coisas simples, que não requerem grandes investimentos: agradecer pela preferência é uma delas. Avaliar a satisfação de uma compra efetuada , se há alguma dúvida quanto a instalação, e intervir caso seja necessário; oferecer serviços adicionais e diferenciados; desenvolver contatos periódicos sem a intenção de vendas, em ocasiões tais como aniversário, casamento, datas especiais... Mas, muito cuidado para não bombardeá-lo com assédios excessivos.
Por fim, que tal medir os resultados? Busque saber como ficou o percentual das vendas fechadas, com relação ao número de pessoas que visitaram a loja; quantidade de unidades vendidas por cliente em relação a um determinado produto; valor médio de vendas em relação a um produto específico; venda média por atendente; dentre outros dados cujos cruzamentos podem dar subsídios importantes para a tomada de decisão, na busca do sucesso do empreendimento.
Feito isso, você poderá encontrar formas eficazes de estar cara a cara com o cliente, e mantê-lo cativo apesar do forte apelo do seu concorrente.

domingo, 16 de agosto de 2009

A Ditadura da Senha


Segurança – isto é o que todo mundo deseja ao tentar entrar, pertencer ou desfrutar de tudo o que o mundo digital pode oferecer. Mas para isso é indispensável a tão questionável, amada e odiada “senha”. Só em escrever esta palavra, já me vêm à mente passagens, se não dramáticas, no mínimo cômicas, que tenho que encarar no dia a dia. A mais recente foi quando tive que abrir uma conta em outro banco e após seguir todos os trâmites normais, em poucos dias recebi o cartão pelo correio. Demorei um certo tempo para utilizar um terminal eletrônico e só me dei conta que não poderia acessar o banco, quando li “digite sua senha”. E eu lá me lembrava qual a senha que tinha criado no ato da abertura da conta!! O jeito foi ligar para a agência e pedir ao gerente, pelo menos alguma dica para refrescar a minha memória. O pior é que ele me informou que para obter outra senha só pessoalmente na agência, que ficava do outro lado da cidade e pelo avançar da hora, não iria dar tempo fazer este procedimento. A solução foi recorrer a todos os santos, no intuito de que uma luz divina pudesse me fazer lembrar. Foram algumas tentativas e ufa!! Consegui acessar a conta. Já estava completamente constrangida com a fila que crescia atrás de mim e o guardinha me olhando com aquele semblante de desconfiança. Mas não é só agora que ando meio impressionada com a quantidade de senhas que utilizo diariamente, para ter acesso a informação, a conta bancária, e tantos outros serviços que a tecnologia pode proporcionar. Porque ao mesmo tempo que abre portas, nos obriga a ter uma memória de elefante, já que eu tenho que criar a senha, seguindo aquelas regrinhas básicas de segurança, como usar caracteres alfanuméricos, não repetir, não usar datas de aniversário, entre outras dezenas de dicas. E o mais incrível, é que não se pode escrever em nenhum lugar, sob pena de infringir as regras, e alguém mais esperto se apropriar da mesma e fazer o que bem lhe convier. O que eu falo é tão sério, que outro dia me dei o trabalho de contar, e pasmem, foram mais de 30, incluindo bancos, cartões de crédito, acesso ao computador e e-mail da empresa, sistemas corporativos, e-mails particulares, blog, orkut, second life... Vamos e venhamos vocês acham que um ser humano normal tem condições de armazenar no seu “chip” esta quantidade de combinações de letras e números?? É bem verdade que tudo é em prol da segurança, mas acho que já está na hora de inventarem uma forma mais amigável de acesso. Ou melhor, até já existem outras alternativas, através da “biometria”, por exemplo, que identifica as características próprias de um indivíduo para proceder à sua autenticação e/ou identificação junto ao Sistema de Informações de uma empresa, como leitura das impressões digitais, leitura da íris e reconhecimento de voz, mas só que esta tecnologia ainda não está disponível para a maior parte da população. É lamentável, que apesar de todos esses cuidados, ainda existem os hackers, ou será que são os crackers?? Aqueles sujeitos que usam a inteligência para construir e destruir softwares, bisbilhotar, se apropriar de informações sigilosas e subtrair a conta bancária de muita gente por aí. É...Por enquanto temos que aprender a lidar com esta realidade, de sermos uma ilha rodeada de senhas por todos os lados. Não é mesmo??

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Manual de Conservar Caminhos

Autor: Paulo Coelho

1] O caminho começa em uma encruzilhada. Ali você pode parar e pensar em que direção seguir. Mas não fique muito tempo pensando, ou jamais sairá do lugar. Faça a clássica de Castañeda: qual destes caminhos tem um coração? Reflita bastante sobre as escolhas que estão adiante, mas uma vez dado o primeiro passo, esqueça definitivamente a encruzilhada, ou sempre ficará sendo torturado pela inútil pergunta: “será que escolhi o caminho certo?” Se você escutou seu coração antes de fazer o primeiro movimento, você escolheu o caminho certo.

2] O caminho não dura para sempre. É uma benção percorrê-lo durante algum tempo, mas um dia ele irá terminar, portanto esteja sempre pronto para despedir-se a qualquer momento. Por mais que você fique deslumbrado por certas paisagens, ou assustado com algumas partes onde é necessário muito esforço para seguir adiante, não se apegue a nada. Nem às horas de euforia, nem aos intermináveis dias onde tudo parece difícil, e o progresso é lento. Cedo ou tarde um anjo virá, e sua jornada chega ao final, não esqueça.

3] Honre seu caminho. Foi sua escolha, sua decisão, e na medida que você respeita o chão onde pisa, também este chão passa a respeitar seus pés. Faça sempre o que for melhor para conservar e manter seu caminho, e ele fará o mesmo por você.

4] Esteja bem equipado. Leve um ancinho, uma pá, um canivete. Entenda que para as folhas secas os canivetes são inúteis, e para as ervas muito enraizadas os ancinhos são inúteis. Saiba sempre que ferramenta utilizar a cada momento. E cuide delas, porque são suas maiores aliadas.

5] O caminho vai para frente e para trás. Às vezes é preciso voltar porque foi perdido algo, ou uma mensagem que devia ser entregue foi esquecida no seu bolso. Um caminho bem cuidado permite que você volte atrás sem grandes problemas.

6] Cuide do caminho, antes de cuidar do que está a sua volta: atenção e concentração são fundamentais. Não se deixe distrair pelas folhas secas que estão nas margens, ou pela maneira como os outros estão cuidando dos seus caminhos. Use sua energia para cuidar e conservar o chão que acolhe seus passos.

7] Tenha paciência. Às vezes é preciso repetir as mesmas tarefas, como arrancar ervas daninhas ou fechar buracos que surgiram depois de uma chuva inesperada. Não se aborreça com isso, faz parte da viagem. Mesmo cansado, mesmo com certas tarefas repetitivas, tenha paciência.

8] Os caminhos se cruzam: as pessoas podem dizer como está o tempo. Escute os conselhos, tome suas próprias decisões. Só você é responsável pelo caminho que lhe foi confiado.

9] A natureza segue suas próprias regras: desta maneira, você tem que estar preparado para súbitas mudanças do outono, o gelo escorregadio no inverno, as tentações das flores na primavera, a sede e as chuvas de verão. Em cada uma destas estações, aproveite o que há de melhor, e não reclame das suas características.

10] Faça do seu caminho um espelho de si mesmo: não se deixe de maneira nenhuma influenciar pela maneira como os outros cuidam de seus caminhos. Você tem sua alma para escutar, e os pássaros para contar o que sua alma está dizendo. Que suas histórias sejam belas e agradem tudo que está a sua volta. Sobretudo, que as histórias que sua alma conta durante a jornada sejam refletidas em cada segundo de percurso.

11] Ame seu caminho: sem isso, nada faz sentido.

sábado, 4 de julho de 2009

Reinventando Sempre

Em um mercado extremamente disputado, o Marketing se configura como um instrumento primordial na descoberta de oportunidades, que podem ser traduzidas através das reais necessidades dos clientes não atendidos, e as diversas formas de satisfazê-las.
A empresa que estabelece meios de comunicação planejados, estruturados com foco no cliente, estará destinada a ampliar seu mercado e seu faturamento.
Para que se possa tirar proveito das oportunidades e lucrar com elas, faz-se necessário que a empresa se organize internamente para encontrar soluções mais promissoras, buscando caminhos para o crescimento, através do lançamento e manutenção de produtos e serviços no mercado.
É preciso reformular o conceito de negócio, buscando soluções inovadoras. O sucesso vem na medida em que se formulam estratégias que geram novas receitas e que sejam revolucionárias. Por que não?? Por isso as organizações devem ser capazes de reinventar suas estratégias de forma contínua, ano após ano.
A maioria das empresas que aplicam o Marketing, direcionam para produtos e serviços, porém vários autores vêm agregando mais componentes ao mix formado originalmente pelos 4 “Ps” (Produto, Preço, Praça e Promoção). O mais disseminado entre os novos “Ps” propostos é o Potencial Intelectual, ou Pessoas.
Para manter-se no mercado, a empresa necessita estar sempre atualizada, “antenada” com as mudanças de gostos e preferências dos clientes, monitorando seus concorrentes, acompanhando as tendências e lançamentos de novas tecnologias e produtos.
Assim a possibilidade dos negócios prosperarem, vai depender da aptidão de reinventar o seu propósito e da criação contínua de novos rumos. Pense nisso!!!

domingo, 21 de junho de 2009

Negociação Ganha X Ganha

Os tempos modernos exigem cada vez mais, pessoas com habilidades para negociação. A começar, na nossa própria casa, onde mal amanhece o dia, surgem logo os primeiros impasses. São incontáveis as negociações, algumas exitosas, outras nem tanto. O que acontece é que na vida tudo se negocia. Basta ter pelo menos duas pessoas que compartilhem idéias ou opções para se atingir um acordo que seja aceitável para ambas as partes.
Torna-se uma prioridade nas organizações contemporâneas, terem em seus quadros, profissionais com perfil de negociadores, para fazer jus às exigências do mercado globalizado que requer uma maior velocidade e profissionalismo nas tomadas de decisões.
Para resolver possíveis litígios, um processo judicial pode se tornar bastante complicado devido aos diversos níveis de apelação até a sentença final, tornando-o lento demais, além do excesso de ações judiciais, a falta de estrutura dos fóruns e o alto custo.
Eis que surge a mediação como uma abordagem para a transformação criativa dos conflitos, transformando-os em oportunidade de crescimento e de mudança, e um potencial de formação pessoal para a resolução dos problemas profissionais e pessoais.
Em outras palavras, a mediação é um processo extrajudicial voluntário e confidencial onde um terceiro elemento neutro, imparcial e independente auxilia as partes envolvidas a alcançarem um acordo justo e mutuamente satisfatório. Um mediador procura facilitar a comunicação e promover o entendimento.
O diferencial desta técnica de resolver conflitos com relação às demais existentes, é que o mediador não decide ou julga. Ao contrário, o que faz é dar poder aos envolvidos para que eles mesmos cheguem às soluções de forma consensual. Diferentemente da arbitragem, por exemplo, não é um terceiro estranho à relação que julgará quem está certo e quem está errado, pois os envolvidos terão autonomia para decidir.
A mediação possui algumas características e princípios peculiares, entre os quais se destacam: economia financeira e de tempo; reaproximação das partes; autonomia das decisões; informalidade; voluntariedade e confidencialidade, trazendo como benefícios a rapidez e efetividade de resultados; redução de desgaste emocional e de custo financeiro; garantia de privacidade e sigilo; comunicação facilitada; bem como a transformação e melhoria das relações.
Outro aspecto extremamente importante na mediação é o fato de que suas estratégias objetivam, além da resolução de conflito propriamente dito, a prevenção e a aprendizagem de novas maneiras de resolução de conflito promovendo um ambiente propício à colaboração, e possibilitando que relações possam perdurar de forma positiva.
A aplicabilidade da mediação abrange todo e qualquer contexto de convivência capaz de produzir conflitos. Podem se beneficiar deste recurso, impasses políticos e étnicos (nacionais e internacionais), questões trabalhistas e comerciais, empresas, escolas, famílias, comunidades e instituições diversas.
Para mediar não basta possuir habilidades e técnicas específicas, é preciso dominar a difícil tarefa de se integrar emocionalmente com os outros.
Nesse sentido, alguns dos mais importantes atributos que o mediador de conflitos deve desenvolver é saber ouvir, demonstrar calma, interesse e respeito pelo que está sendo dito, atitude que vem aliada à capacidade de desenvolver empatia, ou seja, a facilidade em identificar e compreender afetos, percepções, intenções, problemas e interesse dos outros, de maneira sensível e apurada. Enfim, assumir uma postura imparcial, neutra e ética, atuando em conjunto com os envolvidos e conhecendo as complicadas relações interpessoais.
Apesar de todas essas vantagens, a falta de divulgação ainda faz com que este instrumento jurídico seja pouco conhecido no Brasil.
Conclui-se, portanto, que as organizações devem criar mecanismos adequados de capacitação de seus colaboradores, já que a negociação requer um profissional com tantas habilidades. E ainda, que as formas de divulgação da mediação sejam ampliadas no sentido de incentivar as pessoas no processo de adesão e utilização deste valioso instrumento de resolução de conflitos.

sábado, 6 de junho de 2009

A Singularidade Soberana

Foi-se o tempo em que as empresas pensavam apenas em multiplicar seus lucros, através da oferta de produtos de gosto e formato duvidosos, com a certeza de que havia uma clientela ávida para consumi-los sem maiores questionamentos.
Um novo momento se descortina, e quem dita as regras são os consumidores, que são os verdadeiros responsáveis pela corrida desenfreada das organizações para criarem ou adaptarem seus produtos às necessidades e desejos deste público cada vez mais exigente e diferenciado. A tão disseminada cultura de massa cede lugar à singularidade, onde cada ser humano deve ter seus gostos e preferências respeitados, seja na arte, nos esportes, nas diversões, na ciência, na cultura...Pessoas supostamente conservadoras, de repente surpreendem ao deixar a mostra suas preferências: esportes radicais, música, gastronomia, atividades que a princípio não têm nenhuma relação com a sua profissão, nem com a forma como são percebidas.
Prevalece o jogo dos desejos, e mais do que nunca, o uso da psicologia nos negócios se faz necessário. O grande desafio é como tratar de forma customizada, esse universo de pessoas cada vez mais esclarecidas que se avolumam num piscar de olhos, e ao mesmo tempo saber compatibilizar os desejos do consumidor, da empresa e dos colaboradores, pois o descompasso poderá ocasionar resultados antagônicos.
O mercado dá as pistas sobre o que quer consumir. Cabe aos empreendedores mais atentos, captar esses sinais e transformá-los em elementos concretos que supram as expectativas dessas pessoas, que querem ser tratadas de maneira personalizada, porque são de fato diferentes uma das outras.
Refrigerantes que fazem emagrecer?? Pois é, feito a base de chá verde, cafeína e nutrientes de plantas, acelera o metabolismo e queima calorias. Embora a eficácia deste produto, ainda possa ser questionável, já é uma realidade para todo mundo ver e provar. Para que este projeto se concretizasse foi necessária uma leitura atenta do mercado formado por pessoas que estão preocupadas com a sua saúde e bem estar.
Antes de serem disponibilizados no mercado, os produtos devem passar por amplos estudos, quanto ao impacto causado aos consumidores com relação a satisfação dos seus desejos.
A tecnologia da informação tem sido uma grande aliada na busca do consumidor certo para o produto compatível as suas características pessoais. A indústria automobilística, por exemplo, já oferece sites onde as pessoas podem escolher carros com cores, funcionalidades, espaços, conforto, design, e outros detalhes de sua preferência. Os fabricantes de bicicleta têm seguido o mesmo caminho. Se você deseja criar sua própria camiseta ou tênis, de acordo com o seu estilo, pode escolher também através da internet de maneira fácil e rápida, e ainda com a vantagem de receber em sua própria residência. Pacotes de viagem para lugares fora do eixo tradicional, restaurantes oferecendo comidas exóticas para um público diferenciado, aulas de dança para executivos, e tantas outras alternativas que fogem do trivial.
Os departamentos de Marketing devem atentar para o fato de que embora pertencendo a um mesmo grupo profissional, familiar ou social, as pessoas podem ter gostos e rotinas diferentes. Isso não quer dizer que de uma hora para outra a empresa tenha que mudar completamente a sua missão sem que haja previamente um levantamento rigoroso e responsável desse público distinto.
Enfim, o produto/serviço não é apenas um produto/serviço, e sim um instrumento condutor da satisfação dos desejos de uma parcela cada vez mais exigente da população, que por sua vez não pode ser vista simplesmente como clientes ou consumidores, pois afinal de contas, aquela figura do outro lado do balcão, sempre foi e continuará sendo sua excelência o “ser humano”.

sábado, 16 de maio de 2009

A Difícil Arte de Esperar

O mundo dos negócios está em constante ebulição, surgem novas tecnologias, descobertas de cura para várias doenças, práticas inovadoras de gestão, mas em meio a tantas mudanças, uma coisa eu ainda não consigo entender. Apesar de todo este avanço científico e tecnológico, como justificar o aumento expressivo do tempo de espera em filas de bancos, consultórios médicos e odontológicos, e em outros diferentes locais, que a população se vê obrigada a se submeter. Este fato já é apontado como uma unanimidade no item descontentamento, por parte da população. É algo impressionante o esforço sobre-humano e o exercício constante de paciência, para encarar este desconforto.
Outro dia, sabendo de antemão que apesar da hora marcada, a gente sempre tem que esperar para ser atendido, eu resolvi ligar para o consultório médico, antes de sair de casa, e como a resposta foi que eu poderia ir, segui feliz da vida, pois tinha uma lista de coisas urgentes para resolver, após a consulta. Só que para surpresa minha, ao chegar ao consultório havia ainda três pessoas para serem atendidas antes de mim. A médica que como a maioria dos médicos brasileiros, acumula outros empregos, chegara mais uma vez atrasada.
Bem, foi o jeito eu me valer das revistas disponíveis no local, para por em dia as fofocas do meio artístico. Neste ínterim, após ter devorado três revistas, comecei a ouvir um bate-boca da atendente com um daqueles vendedores ou representantes de medicamentos que circulam nos consultórios, com a mala cheia de amostras grátis. É que o tal vendedor havia entrado sem pedir licença na sala da médica, criando uma situação constrangedora entre a atendente e as pacientes que há horas estavam esperando a sua vez.
Isso tudo me fez refletir, como se adiantasse alguma coisa: qual o tempo aceitável de espera em um consultório? 15, 20, 30 minutos? O que pode ser considerado normal? Será que se eu mudar de médico, vai ser diferente? O que eu sei é que neste dia, fui atendida após exatas 2 horas e 10 minutos de espera. Pra completar a situação, ao sair da sala da médica, encontrei a atendente muito nervosa ao telefone, dizendo-se ofendida com a forma que fora tratada por uma paciente, demonstrando um total descontrole emocional. Tive que aguardar mais uns dez minutos enquanto ela finalizava a discussão e enxugava as lágrimas, para pegar meus documentos de volta.
Diante destes fatos podemos tirar algumas conclusões: até que ponto os médicos ou dentistas estão preparados para a administração dos seus negócios? Será que a sua equipe de atendentes está apta para estabelecer uma relação amistosa e profissional com seus pacientes?
O mercado clama por uma resposta imediata para as suas necessidades. Afinal, com doença não se brinca. Quem procura um profissional da saúde, é porque está precisando de uma solução eficaz para a enfermidade que lhe aflige, carecendo, portanto, do mínimo de conforto e respeito.
Hoje em dia a competência técnica e científica nem sempre fideliza clientes, e já não é mais suficiente para obter sucesso em um negócio. Não se pode perder de vista que o consultório médico é uma empresa como outra qualquer e sendo assim, deve seguir a cartilha de todos os empreendimentos que desejam ter vida longa. A preocupação com a gestão do Marketing, Finanças e Recursos Humanos, configura-se como prerrogativa para os saltos qualitativos almejados.
Além de capacitações gerenciais, já existem softwares disponíveis, com sistemas de automação de consultórios e clínicas médicas, que possibilitam a redução de muitas destas inconveniências. Possibilita o controle de fila de espera, realocação de horários em caso de faltas, registro do histórico do paciente, e muitos outros procedimentos simples, mas de grande valia.
O que acontece é que os profissionais de saúde não veem na universidade disciplinas sobre empreendedorismo, e com isso carecem de um preparo maior para tocarem gerencialmente a sua clínica. Por se tratar de uma profissão que exige muito esforço e dedicação, o aspecto administrativo acaba ficando em segundo plano. Nada impede que na impossibilidade de exercer as funções gerenciais no dia a dia, eles possam se cercar de profissionais competentes que preencham esta lacuna.
Basta um pouco mais de bom senso e vontade, para minimizar as agruras das debilidades físicas de seus pacientes, sem ter que submetê-los a horas infindáveis de espera.
Atire a primeira pedra quem nunca passou por situações desta natureza!!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Mulheres que Fazem

Após anos e anos de comprovada competência na administração de um lar e no exercício de uma profissão, as mulheres cada vez mais alçam voos, superando novos desafios em busca da realização pessoal e profissional, em todos os campos e segmentos, desempenhando além das funções tradicionais, aquelas que antes eram exercidas apenas por homens. Cansadas de sofrer todo o tipo de discriminação, se entregam de forma ousada e aguerrida, como se quisessem provar para a sociedade e para elas mesmas, que são capazes de transformar todas as adversidades em oportunidades, nem que para isso tenham que encarar jornadas triplas de trabalho, para dar conta da casa, dos filhos, do marido, da beleza e da profissão. É a força da mulher suplantando todo o preconceito e quebrando paradigmas. As cenas que presenciei ontem à noite, na entrega do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, são a prova inconteste do que estou falando. Este prêmio, que foi idealizado pelo Sebrae e teve seu início em 2004, tem como objetivo tornar públicas histórias de mulheres brasileiras, obstinadas, dedicadas e empreendedoras, que conseguiram quebrar barreiras e atingir patamares antes inimagináveis no mundo dos negócios. Pois é, seja na capital ou nos mais longínquos rincões, elas estão presentes, e muitas vezes nem se dão conta do extraordinário papel que representam na comunidade onde atuam. Na categoria proprietária de micro e pequenas empresas, Elizabeth Pereira, do Instituto Poliglota Fortaleza, Alexsandra Cavalcante, da Roupa e Companhia de Sobral, Doralice Batista, da Dora Cabelo e Corpo Fortaleza, acompanhadas pelas agraciadas na categoria de grupos de produção formais, Juvenildes Silva, da Associação dos Artesãos de Redenção, Maria Cândido, da Associação dos Artesãos de Juazeiro do Norte e Margarida Marques, da Associação das Trabalhadoras Rurais na Agricultura Familiar do Crato, são exemplos marcantes deste universo de mulheres que despontam como ícones de mudança e superação dos obstáculos inerentes ao mundo empresarial. Seus depoimentos emocionaram, serviram de inspiração e deixaram boquiabertos até mesmo os mais letrados presentes na platéia. E como se isso não fosse suficiente, ainda fomos brindados por um depoimento repleto de entusiasmo da conhecida e renomada jornalista, filósofa e escritora cearense, Adísia Sá, que no auge dos seus 80 anos, provou que a paixão, perspicácia e a visão de futuro, não são qualidades exclusivas de quem está começando sua trajetória. E que a sabedoria é para todos, porém só a conquista quem sabe ver a vida com olhos de eternos aprendizes.
Parabéns a todas essas mulheres que dignificam o seu nome, engrandecem a nossa terra e abrem passagem para aquelas que querem seguir os seus passos na busca de um futuro melhor.

sábado, 25 de abril de 2009

A Democracia do Tempo

Esse tema já vem me cercando há bastante “tempo”, e ainda não tinha escrito nada sobre ele, por pura falta de oportunidade. Pois é, nem bem começo a discorrer sobre esse misterioso, instigante e precioso ”bem”, e já me vejo utilizando-o no preâmbulo. Alguém duvida que ele seja o próprio princípio, meio e fim de tudo o que há no mundo?? Tudo o que fazemos, depende dele. Desde um simples pensar, bocejar ou contemplar, até os mais fantásticos acontecimentos da vida. Uns costumam esbanjar o tempo, e outros o consideram insuficiente para tanta coisa que almejam realizar. Há ainda alguns que simplesmente o deixam passar, como meros expectadores.
Mas, é tempo de ir a luta, tempo de sonhar e realizar sonhos, de se arrepender, e por que não? Tempo de recomeçar.
Sempre há gente que adora dar tempo ao tempo, antes de tomar uma decisão importante, e quando percebe, "pluft", o tempo passou. Sim, porque seus passos não dão trégua. Há quem o considere lento demais, já outros, reclamam atordoados, da sua velocidade. Multifacetário este tempo!! O que representa o tempo para um presidiário? E para um doente terminal? E para um idoso de 90 anos? E para um jovem que acabou de ganhar na mega sena? Diferentes percepções, com certeza vão se manifestar.
Se a dor nos inquieta a alma, rezamos para que o tempo passe depressa. Mas se nos encontramos numa situação de extrema felicidade e bem estar, a nossa reação imediata é querer apertar aquele botãozinho mágico, para fazê-lo parar. Mas aí não tem jeito, e mais uma vez ele segue adiante, pois seu destino é passar. No entanto, a coisa mais certa é que no auge da sua democracia, ele não tem preferência por pobre ou rico, branco ou preto, bonito ou feio. Para todos, a sua dimensão é rigorosamente igual. A única diferença é que enquanto uns sabem aproveitá-lo com sabedoria, outros só reclamam a sua falta.
Tempo é ouro, tempo é tudo, tempo é nada...
Por isso, aproveite o seu tempo para fazer tudo aquilo que o dignifique. Pratique a generosidade, seja feliz, concentre-se nas coisas simples pois elas têm muito a nos ensinar, coma bem, durma o tempo necessário, adote hábitos saudáveis, apaixone-se, pois a paixão é o combustível da vida, juntamente com o amor, é claro, que é o sentimento mais nobre que existe. Sorria muito, observe as pessoas a sua volta e aprenda com elas. Seja humilde. Peça sempre licença, mas nunca deixe de entrar. Pois o tempo só tem uma direção: seguir em frente. E apesar de amigo que cura nossas feridas, ele também é rigoroso e implacável com aqueles que não sabem respeitá-lo.
Esse é o fascínio do tempo: unir o passado, o futuro e o presente.

sábado, 28 de março de 2009

O Paradoxo da Rotina

Há quem defenda fortemente a rotina, já que ela pode proporcionar uma sensação de bem estar num contexto onde tudo é previsível. Fazer as mesmas coisas todos os dias: acordar, abrir a janela, tomar um café, sair às compras, conversar com amigos, ir ao trabalho (quando há trabalho), voltar para o aconchego do lar no final do dia, e dormir o sono dos justos, são tarefas corriqueiras na vida de qualquer ser humano dito normal.
Porém, há aqueles que abominam qualquer espécie de repetição, pois acreditam que os atos repetitivos robotizam as pessoas. Basta um simples toque no piloto automático e pronto... lá se vai à vida nos levando. A verdade é que a rotina nos pertence e não podemos extingui-la por completo. Até a natureza que é sábia, nos brinda diariamente com a sua rotina.
Entretanto, o que mais me impressiona na rotina é o fato dela muitas vezes roubar a nossa visão genuína das coisas. E essa cegueira momentânea nos impede de apreciar tantos seres, atributos, paisagens, situações, que a princípio nos pareciam extremamente raros. É a força do hábito. De tanto vermos e repetirmos determinadas cenas, elas acabam perdendo a relevância de antes. São muitos os exemplos que nos cercam: a violência urbana, a pobreza inexorável, o trânsito caótico, com o tempo se tornam parte do nosso cotidiano, obscurecendo a nossa indignação e perplexidade, diante do que antes era inaceitável.
Quando muitos casais são questionados sobre o motivo da sua separação, uma das respostas mais recorrentes é sem dúvida a rotina, que acaba esfriando as relações.
Nas empresas a história não é diferente. A solução daqueles problemas de ordem estrutural, detectados há algum tempo, foi sendo postergada até o ponto de entrar no esquecimento. Muitas coisas são deixadas para amanhã. Redimensionamento de equipes, de produção, criação de um sistema de controle eficaz, alteração no layout, e outras tantas providências não tomadas, acabam por deixar que as empresas recaiam nos mesmos erros que a própria rotina empresarial não permite enxergar. Neste caso vale à máxima que diz que o “santo de casa não faz milagre”. Desse jeito não faz mesmo, porque ele está míope. Chamar alguém de fora para dar uma chacoalhada, nessas horas funciona. A possibilidade de visualizar e corrigir as falhas na estrutura, com isenção dos malefícios que a rotina imputou durante todos estes anos de marasmos, torna-se muito maior, quando se permite este olhar de fora para dentro.
Com isso podemos concluir que em certas circunstâncias a rotina conduz a mesmice, e esta inalterabilidade, não acrescenta nada e nem nos impulsiona a alçarmos vôos mais ousados.
Sendo assim, torna-se imperativo diferenciarmos a rotina que eleva a nossa alma, daquela que nos deixa cegos, sem atitude e sem bengala.
O que você acha disso?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Crise Nossa de Cada Dia

Hoje eu gostaria de falar sobre “crise”, palavra tão propagada que tem ocupado a mente de banqueiros, políticos, economistas, governo, cientistas, e "pais de santo" no mundo inteiro. Todos imbuídos na busca de soluções milagrosas e efetivas, neste mar de incertezas.
Bem, mas a crise que eu me refiro, não tem nenhuma relação com títulos podres, “subprime”, ciclo do capitalismo, recessão, depressão econômica, bancarrota, ou algo relacionado. Falo da crise invisível, aquela que está em todos os lugares e muitas vezes ninguém percebe. Paralisa as pessoas deixando-as apáticas e descrentes diante de uma realidade que se apresenta de diversas formas.
Crise da ética, da honestidade, do compromisso com o coletivo; crise de liderança e da moral, que habita o mundo e os nossos lares; crise de existência, de identidade.
Esta crise se esconde nos recônditos de cada ser, turvando a sua visão, e tornando-o indiferente ao sofrimento do outro.
E pensar que tudo isso se resolve com simplicidade, leveza e desprendimento...reconhecimento de si mesmo, para poder compreender o outro...
É preciso criar um ambiente propício onde a solução floresça e o quase impossível se torne real, como mais um milagre da natureza, neutralizando o egoísmo e a ganância, parceiros inseparáveis causadores das maiores crises que assolam a humanidade.
Utopia?? Pode ser. Mas o que seria da vida se não fosse o sonho??

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Celebrar é Preciso

Quando falamos sobre empresas, a primeira coisa que vem na nossa mente é o lucro, seguido de tantos outros atributos, como vendas, mercado, metas, produtividade, concorrência, e as pessoas, que apesar do crescimento da automação, continuam sendo o coração de todo empreendimento.
O ciclo de vida das empresas passa por uma infinidade de realizações, seja a superação de metas, a criação produtos, a descoberta de novos mercados, as estratégias inovadoras para se atingir os objetivos, e uma gama de conquistas que merecem ser celebradas! Então, por que será que é muito mais fácil criticar o que deu errado, do que celebrar as vitórias? Quando o ambiente está sob controle, e tudo dando certo, costuma-se dizer "não é nada mais do que obrigação dos colaboradores". Mas se algo não saiu como deveria, apontam-se os culpados, e o crucificam.
É preciso sim, celebrar e compartilhar todas as alegrias e realizações, não só entre as equipes, mas sobretudo, que isso seja exaltado pelos próprios dirigentes, através do reconhecimento da importância que cada um representa para a organização, apoiando e estimulando a colaboração de forma equilibrada. E este equilíbrio necessita ser retroalimentado não apenas através dos benefícios formais, mas também através de uma palavra de incentivo, de um abraço ou aperto de mão, olho no olho. São pequenos gestos na sua essência, mas grandiosos no resultado que podem proporcionar. Estas atitudes não necessitam de dia nem hora para acontecer. Basta apenas um bom motivo.
Já está provado que a produtividade e a criatividade são diretamente proporcionais a alegria das pessoas no trabalho, e portanto, as empresas saudáveis devem incluir em suas metas as celebrações, comemorações, exaltações ou qualquer outra palavra que venha representar este gesto tão valioso.
Por falar nisso, você já celebrou algo importante hoje?
Tim-Tim!!!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Turismo Tri-legal !!!

Quando o corpo está dando sinais de cansaço e a mente já não reage mais com a mesma velocidade de sempre, nada melhor do que dar uma parada para reabastecer as energias gastas durante todo um ano de muita labuta. Um bom planejamento para as férias é o ideal. Foi isso o que eu fiz, e o resultado foi compensador.
Destino??? As Serras Gaúchas: mais precisamente Gramado, Canela, Nova Petrópolis, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi e Caxias do Sul.
Sempre que ouvimos falar sobre a beleza local e sobre como o turismo é explorado com tamanho esmero por lá, nós não temos noção da magnitude que isso representa.É de encher os olhos e o coração, pois quando tudo termina, fica sempre um gostinho de quero mais.
E por falar em beleza, não podemos deixar de destacar as hortênsias, que emolduram toda a paisagem, dando um colorido especial a cada cantinho por onde a gente passa.
A maneira como as tradições são mantidas pode ser vista através do mergulho cultural que damos ao adentrarmos nas fazendas coloniais, onde toda a história dos primeiros imigrantes que pisaram naquelas terras passa como se fosse um filminho, ou teatro, pois o Sr. Nelson, em sua apresentação solo fez um relato emocionante dos avanços ocorridos desde o início da colonização italiana, até os dias de hoje. Ressaltamos também a gentileza e o carinho que fomos recebidos pela família Foss, liderada pelo Sr. Pedro e dona Zulmira, nos brindando ainda com a sua música, queijos, salames e pães quentinhos saídos do forno a lenha. E o passeio de Maria Fumaça? Que delícia!!!O jeito caloroso com o qual fomos acolhidos por onde passamos, o profissionalismo e as imagens de tudo o que desfrutamos vão ficar para sempre, dando provas de que o empreendedorismo nas Serras Gaúchas é um exemplo a ser disseminado neste Brasil tão múltiplo e tão diverso. Barbaridade tchê!!!

Natal Luz - Cascata do Caracol - Aldeia dos Imigrantes - Fábrica de Perfume



Maria Fumaça - Vinícula Aurora - Alegria da Família Foss - Mini-mundo



Invenção 5 em 1 do Museu do Nelson - Dança Típica - Fábrica de Chocolate - Fábrica de Cristais