segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Fatores Determinantes para a Concessão de Financiamento

Existem alguns fatores que devem ser considerados, ao se pensar em pleitear financiamento junto as Instituições Financeiras:

• A empresa deverá ser legalizada (exceto quando se tratar de microcrédito. Neste caso os valores variam até R$ 10.000,00);
• Não possuir restrições cadastrais, nem da pessoa física nem da pessoa jurídica (SPC, SERASA, CADIN, etc.)
• Apresentar viabilidade técnica, econômica e financeira do empreendimento;
• Os Bancos, geralmente exigem um aporte de recursos próprios, ou seja, uma contra-partida da empresa, nas operações para investimento;
• Disponibilidade de garantias:

Tipos de Garantias

Garantias Pessoais ou Fidejussórias -
- Aval/Fiança – tanto o fiador quanto o avalista, estão obrigados a paga a dívida, caso o devedor não o faça.

Garantias Reais – garantem o crédito por meio de coisas que possuam valor econômico.
- Alienação Fiduciária – o devedor transfere como garantia ao credor, a propriedade do objeto (bens imóveis e móveis em geral)
- Hipoteca – bens com maior valor econômico, que são os bens imóveis
- Fundo de Aval (FAMPE, FGPC e FUNPROGER)
- Recebíveis – a garantia corresponde a tudo o que a sua empresa tem a receber, decorrente das vendas efetuadas.
- Seguro de Crédito – no caso de vendas a prazo, oferece proteção para o contas a receber dos segurados e aporta soluções para melhorar a gestão do risco e cobrança de crédito comercial, além de cobrir as perdas que possam ser causadas pela eventual não pagamento de seus devedores.
- Aval Solidário – grupo de pessoas que se avalizam entre si. Exclusivo nas operações de microcrédito.
- Sociedade de Garantia de Crédito – formada por empresários, entidades públicas e apoiadores, visando a oferta de garantias complementares aos seus associados.

Em média, as Instituições Financeiras exigem cerca de 130% de garantias, sobre o valor do financiamento, porém, o percentual pode ser ainda superior.
Estes são os requisitos básicos para concessão de crédito, entretanto sofrem alterações dependendo de cada Banco.

Etapas para a concessão de Crédito

Algumas etapas são necessárias para se obter financiamento:

1 – O empresário deverá buscar informações sobre as linhas de crédito disponíveis, encargos, prazos, garantias, etc.;
2 – O Gerente do Banco fará uma entrevista com o interessado e o encaminhará para fazer o cadastro pessoa jurídica, caso ele ainda não possua;
3 – Se o cadastro for aprovado, o gerente autorizará a elaboração do projeto de viabilidade econômico-financeira (este projeto está ficando cada vez mais simplificado, dependendo do valor pleiteado);
4 – Elaborado o projeto, este deverá ser submetido à análise do Banco (caso não se sinta seguro, procure a ajuda de profissionais);
5 – Se o projeto for aprovado, será efetuada a contratação e liberação dos recursos financeiros, geralmente em parcelas;
6 – O próprio Banco ou instituição credenciada, deverá realizar o acompanhamento de acordo com a liberação das parcelas.

Quanto à finalidade, o financiamento poderá ser liberado para implantação (depende de cada Banco), ou para ampliação, modernização e relocalização.

Já a modalidade do crédito, pode ser classificada de três formas:

• Investimento fixo: máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, consultoria gerencial, construção civil, veículos automotores, equipamentos de informática;
• Investimento misto: investimento fixo + capital de giro;
• Capital de Giro puro: recursos necessários para a empresa funcionar (compra de mercadorias, reposição de estoques, despesas administrativas, etc).

Os encargos, prazos e garantias, vão depender da política de cada Banco, sempre em conformidade com as exigências do Banco Central.

É muito importante o conhecimento de alguns termos técnicos para que você possa negociar de igual para igual com o gerente do Banco. E não esqueça! Saber onde quer chegar e confiar em si mesmo, já é um bom começo.

Espero que desta forma eu tenha contribuído, para auxiliá-lo na tomada de decisão.
Muita calma nessa hora, e boa sorte!!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Financiamento: solução ou problema?

Financiamento: solução ou problema? Eu diria que depende. Mas depende de quê? De vários fatores internos e externos ao negócio. Quantos proprietários de empresas, ao primeiro sinal de que as coisas não vão indo bem, associam imediatamente esta situação a falta de capital de giro, e correm a procura de financiamento junto ao Banco do qual é correntista, e quando não tem conta, procuram mesmo é um agiota, como se essa seja a solução para que ele possa finalmente ver a cor do dinheiro. Pode até ser, mas antes de se chegar à conclusão é necessário levantar as reais causas deste aperto financeiro, a começar por responder algumas perguntinhas:
  • Estou comprando bem a minha mercadoria?
  • Realizo uma boa negociação com os meus fornecedores?
  • Como está o nível do estoque dos meus produtos?
  • Qual a relação entre o prazo de pagamento e o prazo de recebimento?
  • Estou reinvestindo parte do meu lucro no negócio?
  • Será que não estou misturando as minhas despesas pessoais com as da empresa?
  • Qual o nível de comprometimento dos meus funcionários?
  • A missão da empresa é clara?
  • Que gastos eu posso cortar sem que impacte no bom funcionamento da empresa?
Se você conseguir encontrar as respostas para estas e outras indagações, com certeza vai pensar duas vezes antes de buscar empréstimo junto aos Bancos, porque da mesma forma que o crédito, se bem aplicado, pode proporcionar saltos qualitativos nos negócios, por outro lado também pode levar a sua empresa a um túnel sem saída, quando utilizado inadequadamente. Então, saiba que esta fotografia do empreendimento é indispensável antes de qualquer iniciativa. Seja para levantar as reais necessidades de um financiamento, como também para que se possa adotar estratégias importantes que venham tirar a empresa do sufoco.

Após este levantamento inicial, se for realmente comprovada a necessidade de empréstimo, aí sim, é hora de dar o próximo passo, que é a busca de informações sobre os Bancos que oferecem condições mais favoráveis e quais as linhas de crédito se adequam melhor a sua realidade. Esta é uma medida importante, pois trará maior segurança durante as demais etapas do processo.

O SEBRAE, que possui parceria com instituições financeiras, tem orientado e muitas vezes elaborado projetos de viabilidade econômico-financeira, através da sua Rede de Atendimento presente em todas as capitais e muitas cidades do País. Por isso é sempre confundido com Instituição Financeira, mas vale ressaltar que o seu papel é fundamentalmente de orientador e elaborador de projetos. O parecer final para liberação do financiamento fica sempre a cargo do Banco.

Na sua opinião, é fácil ou difícil obter financiamento no Brasil??

No nosso próximo encontro falarei sobre os fatores determinantes para a concessão de crédito. Vale a pena conferir!

sábado, 22 de novembro de 2008

Idéia X Oportunidade


A idéia pode ser o princípio de tudo. Mas, quem disse que uma boa idéia, gera sempre uma boa oportunidade de negócios? Para que isso efetivamente seja possível, é preciso deixar aflorar um atributo indispensável se quiser fazer acontecer: a atitude. Quantas idéias aparentemente interessantes são descartadas antes mesmo de serem testadas, devido a inexistência de um objetivo claro que aponte onde se pretende chegar? Elas devem sim, ter um encontro marcado com as reais necessidades de um grupo de pessoas, de uma região, de uma cidade, quiçá de uma população inteira. Necessidades ainda não atendidas, que muitas vezes se confundem com desejos não realizados. Permitam me reportar ao estudioso Maslow, que em sua Teoria da Hierarquia das Necessidades, destacou que o ser humano é movido por fatores motivacionais, e as necessidades expostas em forma de pirâmide, vão sendo atendidas na medida em que são saciadas as mais básicas, a começar pelas fisiológicas (fome, sede, sono...), de segurança (lar, plano de saúde, emprego...), sociais (amor, afeto, pertencer a grupos, tribos, associações...), auto-estima (reconhecimento, confiança, respeito dos outros...) e por último a auto-realização (sentir-se valorizado e realizado). Entretanto, isso não quer dizer que pelo fato da auto-realização estar no topo da pirâmide, o indivíduo não possa retornar a sua base para satisfazer as demais necessidades, que embora tenham sido saciadas estão sempre retornando, num processo dinâmico.
A necessidade é vital. Já o desejo, é apenas vontade. Eu posso desejar adquirir um carro do ano, um iPhone, jantar num excelente restaurante ou viajar para Paris. Posso ainda desejar levar uma vida mais simples, sair dos grandes centros, morar no campo. Isso é uma opção minha. Realizo este desejo agora, ou postergo para o ano que vem? Nele exerço livre arbítrio.
Bem, mas deixando a teoria de lado, eu estava querendo mesmo era chegar nas oportunidades. Elas existem em todos os lugares, e se nós almejamos entrar para o mundo dos negócios, ou dar uma melhorada naquilo que já possuímos, é importante utilizarmos o nosso “radar pessoal”, identificando as falhas dos produtos e serviços já existentes no mercado, e buscando maneiras de melhorá-los ou criando outros que atendam ou surpreendam as pessoas naquilo que elas tanto necessitam quanto desejam.
Cabem aqui, então, doses de atitudes empreendedoras, como paciência, perseverança, dedicação, criatividade, busca de informação, muito estudo, espírito de equipe, paixão e sobretudo coragem. Acrescento ainda uma pitada de sorte: estar no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas. Com todos estes atributos, uma boa idéia certamente será transformada em uma excelente oportunidade.
Que tal experimentar??

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Passo a Passo para entrar no Second Life

Para que você possa se cadastrar no Second Life, é necessário cumprir algumas etapas:

1. Primeiramente, entre no site do Second Life -https://www.mainlandbrasil.com.br//;

2. Clique em “crie sua conta” (lado esquerdo da página);

3. Para criar o Avatar cadastre as informações necessárias, em seguida aguarde o e-mail de confirmação para acessar o Second Life;

Obs.: Guarde bem o nome, sobrenome e senha escolhidos para seu avatar. Esses dados serão fundamentais para o acesso ao programa.

4. Verifique a caixa de entrada de seu e-mail e clique no link para ativar sua conta;

5. Clique no botão de Download, para baixar o programa em seu computador;

6. Instalar programa;

7. Quando o Second Life já estiver instalado em seu computador, abra o programa, digite seu nome, sobrenome, senha e clique em conectar;

8. Você estará em uma ilha de suporte, onde poderá aprender algumas ferramentas do Second Life como voar, conversar, teletransportar, buscar no mapa, mudar de roupa, personalizar sua aparência, etc.

Dica: Procure a Ilha do Empreendedor. Lá você terá informações sobre os diversos produtos do SEBRAE, e poderá participar de eventos como palestras, cursos, fóruns, etc.

Configurações Mínimas PC
  • Conexão com Internet*: cabo ou DSL;
  • Sistema Operacional: Windows XP (Service Pack 2)ou Windows 2000 (Service Pack 4);
  • Processador: 800 MHz Pentium III, Athlon, ou superior;
  • Memória 256 MB ou superior;
  • Placa de vídeo**: nVidia GeForce 2, GeForce 4mx, ATI Radeon 8500, 9250 ou superior.

Configurações Recomendadas PC

  • Conexão com Internet*: cabo ou DSL;
  • Sistema Operacional: Windows XP (Service Pack 2);
  • Processador: 1.6GHz Pentium 4 ou Athlon 2000+ ou superior;
  • Memória: 512MB ou superior;
  • Placa de vídeo**: nVidia GeForce FX 5600, GeForce 6600, ATI Radeon 9600, X600 ou superior

Se seguir estes passos corretamente, não tem como dar errado. No começo, você vai quebrar um pouco a cabeça, ficar perdidinho, levar alguns tombos, quando tentar voar, mas não se preocupe, é tudo de mentirinha.

Boa Sorte e divirta-se, aproveitando ao máximo o que o Second Life tem para lhe oferecer.

Falando sobre Second Life

Há alguns dias minha curiosidade tem se voltado para conhecer esse universo tão propagado ultimamente, e que vem despertando o interesse de milhões de pessoas, e inúmeras empresas ao redor do mundo.
Confesso que estou apenas "engatinhando" neste tema, mas, já deu para coletar algumas informações que podem contribuir com aqueles que se mostrarem interessados. E como em palestra recente, prometi que iria postar algo a respeito em meu blog, pomessa cumprida. O importante é começar...o resto a gente aprende junto!!

Segundo a wikipedia (enciclopédia livre), o Second Life (também abreviado por SL) é um ambiente virtual e tridimensional que simula em alguns aspectos a vida real e social do ser humano. Foi desenvolvido em 2003 e é mantido pela empresa Linden Lab. Dependendo do tipo de uso pode ser encarado como um jogo, um mero simulador, um comércio virtual, ambiente de educação a distância ou uma rede social. O nome "second life" significa em inglês "segunda vida" que pode ser interpretado como uma "vida paralela", além da “vida real". Dentro do próprio jogo, o jargão utilizado para se referir à "primeira vida", ou seja, à vida real do usuário, é "RL" ou "Real Life" que se traduz literalmente por "vida real". Além da comunicação escrita, é possível emitir sons pré-gravados, fazer gestos, empurrar, olhar (virar a cabeça, olhos e corpo), além de outras expressões corporais e o uso de objetos com dois ou mais personagens de uma vez. Os personagens são conhecidos por “AVATAR”.

Educação

Muitas universidades como a Anhembi-Morumbi, Mackenzie, a ESAB e a Unisinos já tentam ocupar seu espaço educacional nesse mundo virtual. A USP lidera um mega-projeto chamado de Cidade do Conhecimento 2.0, onde algumas universidades brasileiras e outras estrangeiras como Harvard e Oxford, exploram esse ambiente do ponto de vista educacional.
Várias empresas estão aproveitando para explorar suas marcas dentro do ambiente virtual. Além disso, a própria exposição da marca dentro do Second Life é uma grande vantagem para a empresa no mundo real.
Esse ambiente virtual tem recebido ultimamente muita atenção da mídia internacional, principalmente as especializadas em informática, pois o número de usuários cadastrados e também os ativos têm crescido significativamente, e ainda cresce em forma exponencial.

Propriedade e desenvolvimento do sistema

O Programa necessário para poder jogar pode ser obtido gratuitamente por qualquer pessoa interessada através de um download no site oficial do Mailand Brasil e ser executada num PC moderno. Ao começar a jogar o usuário precisa saber que ali é um ambiente surreal o qual as pessoas e a sua própria "segunda vida" não passa de um jogo, porém, devemos saber que não é porque é um jogo que se deve sair por aí fazendo o que der na cabeça.

Aparência geral e cenários

Os cenários em terceira dimensão são completamente interativos e variados, dependendo do desenho e gosto de quem criou cada região. Apesar do ambiente possuir um mapa global extenso, a distância não é um problema pois é possível voar, correr, abaixar-se, pular, se teletransportar, entre outros inúmeros gestos disponíveis.
Moeda Local

O Sistema possui uma moeda própria chamada Linden Dollar (também grafado como L$), levando o mesmo nome da empresa mantenedora (Linden), que obviamente não tem valor algum direto no "mundo real".
É possível comprar ou às vezes encontrar gratuitamente gestos, roupas, peles, formas de corpo e também facilmente trocar de sexo ou cabelo. Objetos também podem ser encontrados ou comprados: carros, casa, bola, vara de pescar, cadeira, quadros, revistas, jornais, motos etc.

O Brasil no Second Life

Em fevereiro de 2007 foi inaugurada a ilha Brasil SP Jardins, já com uma estrutura de portal comercial e de entretenimento e recheada de clientes do mundo real, tais como a Fecomércio, o Unibanco, Porto Seguro, PSDB, rádio 89 FM entre outros. Outra ilha que se destaca comercialmente para empresas reais é a Ilha Brasil Sul, inaugurada em julho de 2007, que tem dentre elas a sede do Senac-RS. Outros espaços brasileiros, também começaram a surgir, entre eles destacam-se Ilha Búzios, Ilha Help Brasil, Ilha Brasil Curitiba Batel, Ilha Brasília, Ilha Ribeirão Preto e Ilha RJ CITY e Ilha do Empreendedor (SEBRAE).

domingo, 9 de novembro de 2008

Mudar pra quê?


Dizem que em time que está ganhando, não se mexe. Mas será que isto pode ser considerado uma verdade absoluta? Pelo menos não é bem o que se constata quando olhamos para trás e verificamos quantas empresas se perderam pelo meio do caminho, tendo no seu comando pessoas que pensavam exatamente assim. É realmente grande a lista de organizações supostamente sólidas, que de uma hora pra outra sucumbem, por falta de planejamento, inovação, gestão competente, e principalmente por não escutarem o apelo dos consumidores mais exigentes, achando que o sucesso de ontem ou de hoje, vai lhes garantir um lugar no futuro.
Isso é válido também para os funcionários que fazem as organizações, quando de repente se vêem tendo que mudar suas atribuições, adquirindo novas responsabilidades. Há aqueles que enfrentam este fato como um reconhecimento, uma grande oportunidade de crescimento profissional, e abraçam como se fosse um presente de Deus. Porém há outros que ao perceberem que vão ter que sair da sua zona de conforto, já se imaginam em um grande conflito, interior e exterior, pois sentem que os velhos costumes estão sendo revistos, e novos desafios sendo apresentados. “Por que isto está acontecendo comigo?” É a pergunta mais freqüente nestes momentos, e costumam trazer consigo, a resistência a mudanças, tão comum nessas horas.
No mundo onde as transformações são o que há de mais definitivo, é necessário ficar em prontidão para quando a oportunidade surgir, o “estar preparado” pode não ser ainda uma realidade, mas que a coragem e a pré-disposição para mudar sejam os atributos que o destacam perante os demais membros da equipe. O conhecimento para a nova função muitas vezes só será adquirido após a capacitação, troca de experiências e principalmente com a prática. Aliás, ninguém nasce sabendo, não é mesmo?
Portanto não custa nada lembrar daquele ditado que diz: “Há quatro coisas que não voltam nesta vida: a pedra depois de atirada, a palavra depois de proferida, o tempo depois de passado e a ocasião depois de perdida”.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A Gestão do Conhecimento como Fator de Desenvolvimento das Empresas


“Quem tem conhecimento vai pra frente” diz o slogan do SEBRAE, no intuito de ressaltar a importância do conhecimento para que a empresa possa se destacar das demais no mercado. Mas será que ter conhecimento é o suficiente, para que alguém, ou alguma empresa dê certo? Como será que o conhecimento está sendo disseminado nas organizações? Porque, de nada adianta tê-lo trancado nas gavetas, nos armários, nos computadores, nos departamentos, e na própria cabeça, se não for estabelecida uma ampla disseminação para aqueles que fazem parte do negócio. O que acontece geralmente é que as pessoas vão embora das empresas, levando consigo todo o conhecimento armazenado, e deixando lacunas enormes no ambiente de trabalho, já que não houve um cuidado prévio de tratar e compartilhar adequadamente as informações com os demais membros da equipe. Em outras palavras, não se praticou a Gestão do Conhecimento.
Este é um processo que requer o envolvimento de todos, especialmente da direção do empreendimento, que tem um papel fundamental no estímulo e incentivo, não só na implantação, mas sobretudo, no acompanhamento desta forma de agir das empresas que almejam se perpetuar no mercado.
“A criação e a implantação de processos que gerem, armazenem, gerenciem e disseminem o conhecimento representam o mais novo desafio a ser enfrentado pelas empresas”. Trata-se muito mais de um conceito de gestão do que uma ferramenta tecnológica.
É a capacidade da empresa captar, gerar, analisar, traduzir, transformar, armazenar, disseminar, implantar e gerenciar a informação, tanto interna como externamente, transformando em conhecimento acessível aos interessados.
Em artigo publicado na Revista HSM Management, foi apresentado o resultado de uma pesquisa realizada com executivos de grandes organizações, que apontam um avanço expressivo neste tema, mas ainda com grandes espaços a serem explorados. Convém salientar que a Gestão do Conhecimento não é um processo exclusivo dos grandes negócios. Os pequenos empreendimentos devem estar atentos no sentido de adotarem também este valioso recurso, como forma de sobrevivência, nesse mundo sem fronteiras.
Vamos aos pontos que merecem destaque na pesquisa, que considerou respostas múltiplas:

Principais benefícios obtidos/esperados com a adoção da Gestão do Conhecimento

80,2% indicaram que o melhor aproveitamento do conhecimento já existente em suas organizações é um dos principais resultados obtidos com a gestão do conhecimento.
Em segundo lugar, os profissionais elegeram a vantagem de diferenciação em relação aos demais participantes do mercado (76%). Seguidos por melhor agilidade na tomada de decisão (73,2%), otimização de processos (62,4%), redução de custos (58,4%), aumento da receita (52,1%).

As principais fontes de conhecimento para as organizações

As fontes precisam ser complementares e as empresas não devem contar apenas com o que é proveniente de uma única origem.
De acordo com a importância, a grande maioria dos entrevistados (83,7%) apontou sua própria organização como sendo a principal fonte de conhecimento, em seguida vieram os clientes (78,4%), agências de notícias e publicações de negócios (68,2%), fornecedores (64%), internet (62,9%), consultorias (60,1%), relatórios financeiros de concorrentes (55,4%), universidades (30,2%), outros agentes de relacionamento (21,5%).

Envolvimento de departamentos nos projetos de Gestão do Conhecimento

Os entrevistados apontaram a Alta gestão (95,2%) como sendo a que deve ter maior envolvimento, acompanhada pelo RH (77,4%), TI/operações (72%), Marketing/vendas/pós-vendas (62,8%), Qualidade (38,9%), Atendimento e suporte a clientes (35,4%).

Ferramentas mais utilizadas na disseminação do conhecimento

A pesquisa aponta que a ferramenta mais freqüentemente utilizada para disseminação do conhecimento nas organizações ainda é o e-mail, indicado por 84,2% dos entrevistados. Outras ferramentas que merecem destaque são a internet (64,2%), os fóruns (46,3%), as listas de discussão (29%), bate-papo/chat (22,5%), mensagens instantâneas/MSM (19,8%), multiplicadores de conhecimento (16,4%).

Ainda merecem destaque os principais fatores que garantirão o êxito da Gestão do Conhecimento nas Organizações:

Patrocínio da alta gestão (78,8%)
- a "venda" do projeto para todos os colaboradores é facilitada e sofre menos resistências quando é feita de cima para baixo, ou seja, a partir do envolvimento e comprometimento dos executivos.
Treinamento e aculturamento (76,2%) – estas ações sobre os colaboradores interferem diretamente na eficácia e na perpetuação da implantação da Gestão do Conhecimento.
Visão homogênea dos envolvidos a respeito da gestão do conhecimento (68,6%) - a visão do que se espera deste projeto deve ser amplamente divulgada em todos os níveis da Organização.
Adoção de premiação/incentivos para participação dos colaboradores (64,2%) – criar formas de estímulos e reconhecimento do bom desempenho diante da equipe, para aqueles que mais contribuírem para o sucesso da Gestão do Conhecimento.
Clareza na comunicação dos objetivos a serem atingidos (58,9%) – elaborar um plano de comunicação, visando à sensibilização, implantação e execução do projeto, utilizando formas de divulgação compatíveis com o perfil de cada colaborador a ser envolvido.

Esse é o grande desafio que as empresas modernas devem adotar para se consolidarem no mercado com diferencial competitivo. Por se tratar de uma mudança cultural de grandes proporções, envolve tempo, paciência e muita persistência daqueles que querem realmente fazer a diferença.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Internet, que planeta é este?

Quer comprar? Quer vender? Quer fazer amigos? Quer casar? Quer aprender? Quer viajar? Quer se divertir? Quer aparecer? Quer ser presidente??? No planeta Internet, você pode fazer tudo isso e muito mais, pois dentro dele cabe o mundo, as vezes real, as vezes virtual. De uns tempos para cá, temos assistido a alterações radicais ocorridas na tela do computador, que refletem diretamente na mudança de comportamento da população espalhada pelos quatro cantos deste mundo, diante das inúmeras possibilidades que se sucedem bem em frente aos nossos olhos, e que as vezes por falta de conhecimento, só utilizamos uma ínfima parte do potencial disponível.
É... temos que ler mais, “navegar” mais, conhecer e traduzir esse palavreado que para muitos não passa de nomes esquisitos (web 2.0, facebook, my space, you tube, flickr, twitter, orkut, blog, wiki, podcast, second life....), e por aí vai. Tudo neste planeta é gigantesco!!!
E o Brasil, quem diria, está muito bem na fita.

Em recente pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, através do seu Centro de Estudo sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação, foi ressaltado em linhas gerais o uso e posse do computador, bem como de outras tecnologias convergentes, sinalizando as tendências que de uma certa forma já são percebidas por aqueles que acompanham o setor, possibilitando análises mais precisas e seguras. Entre os destaques positivos da pesquisa, está o crescimento no número de usuários da Internet no Brasil, que já representa cerca de 34% da população. Somos 45 milhões de internautas, e nossas atividades vem se intensificando e sofisticando, com uma velocidade expressiva.
A pesquisa mostrou também que tanto o Governo como a iniciativa privada já atuam de forma efetiva para amenizar o problema da exclusão digital no país. Hoje, 24% dos domicílios brasileiros possuem computador.
Os programas sociais aumentaram nos últimos anos, em seis milhões, o número de pessoas na classe C, somente na região Nordeste do Brasil, que concentra boa parte da população de baixa renda. A ampliação das linhas de crédito, facilitou o acesso da classe média aos antigos sonhos de consumo. Entre os produtos mais cobiçados destacam-se os artigos eletrônicos como computadores e celulares.
O comércio eletrônico surge trazendo o desenvolvimento, aumento da produtividade e representatividade do cidadão. É uma ferramenta poderosa e aos poucos amplia sua utilização entre os consumidores das classes B, C e D. Esse movimento os torna competitivos em relação à classe A, que sempre teve todos os acessos.
A utilização de novas tecnologias da informação possibilita a inclusão social sustentada dentro das pequenas e médias empresas, que ampliarem sua competitividade a níveis antes só alcançados por grandes corporações.
E para que o comércio eletrônico cresça e apareça, atingindo todas as classes sociais, é fundamental que as empresas se preparem e busquem a evolução constante e, consequentemente, lucrem com a venda B2C na web.
Muitas empresas, especialmente as de pequeno porte não tem conhecimento das vantagens do comércio eletrônico. Desta forma, é essencial que as lideranças empresariais tenham um papel mais atuante no sentido de tornarem viável e visível o conhecimento desta importante ferramenta mercadológica pelos empresários em geral. Isto é válido também para estratégias de lançamento e divulgação de novos produtos, controles adminstrativo-financeiros, formação de redes sociais entre outras ações que o mundo virtual pode proporcionar.

Outros dados relevantes:

  • Pela primeira vez, mais da metade da população brasileira já teve acesso ao computador;

  • O usuário brasileiro ocupa o primeiro lugar no mundo em horas mensais na Internet;

  • Brasileiros navegam em média 23h51min por mês, enquanto que na França (21h30min), EUA (20h24min), Japão (20h20min);

  • O Brasil é:
    - a maior base de usuários de MSN Messenger do mundo: 36 milhões;
    - a segunda maior base de usuários do You Tube;
    - a segunda maior base de usuários do Gmail;
    - a maior base de usuários de Orkut;

  • Em 2007 a venda de PC’s superou a de televisores no Brasil.

    De fato, o planeta Internet é um misto de entretenimento, comunicação, informação, comercialização, ponto de encontro, redes de relacionamento, achados e perdidos, publicidade, propaganda, serviços, bla, bla, bla, bla....
    Bem, vou ter que parar por aqui, pois tenho que fazer alguns ajustes no meu “avatar” do “Second Life”. Quem sabe a gente não se encontra por lá!!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Simplificando o Marketing nos Pequenos Negócios - Parte final

O cálculo do preço, como fator de conhecimento das perdas ou ganhos nas empresas
O Preço é o único do composto de marketing que produz receita. Os outros elementos geram custos. O preço é também um dos elementos mais flexíveis do composto de marketing, porque pode ser rapidamente modificado. Existem várias maneiras de se determinar o preço de um produto ou serviço, que vão desde as formas tradicionais desenvolvidas, até os modelos teóricos que visam à maximização de lucro, ou o modelo que leva em consideração apenas os clientes finais da empresa. Porém, existem outros aspectos que devem ser consideradas: clientes intermediários, concorrentes, fornecedores, governo, e outros.
Formação do Preço:
Como era calculado anteriormente:
Ponto de partida = Produto - Custo - Preço - Valor - Consumidores
Como deve ser calculado atualmente:
Ponto de partida = Consumidores - Valor - Preço - Custo - Produto
Há ainda uma forma de calcular preço, baseado na concorrência. Ocorre quando uma empresa fixa seus preços baseados no que seus concorrentes estão cobrando. A característica que a distingue é que não procura manter uma relação rígida entre seus preços e seus próprios custos ou demanda. Grande parte dos gestores das micro e pequenas empresas desconhecem a importância e a forma de levantar os seus custos e determinar o preço de venda de seus produtos, e este desconhecimento pode ocasionar sérios prejuízos para seus empreendimentos.
Este é um tema que deveremos voltar a conversar posteriormente.
Aqui encerramos a nossa abordagem sobre os 4 "Ps", do Composto de Marketing, mas este tema não se esgota neste momento. Como falei inicialmente, existem ainda outros "Ps" que foram se agregando ao mix de mercado ao longo dos anos. Sugiro que leiam mais a respeito, e observem as diversas formas de aplicação destas ferramentas, especialmente nos empreendimentos de pequeno porte, que devido a sua estrutura enxuta e limitação de recursos financeiros têm que usar de muita criatividade na busca dos resultados.
Até breve!!

Simplificando o Marketing nos Pequenos Negócios - Parte 4

Promoção, a comunicação ideal com seus clientes
A promoção é um dos quatro grandes elementos do composto de marketing da empresa.
Não basta apenas que as empresas produzam, definam seus preços e disponibilizem seus produtos no mercado. É necessário definir uma estratégia de promoção para o estabelecimento de uma comunicação saudável com seu público-alvo, para que ele fique sabendo que a empresa de fato existe e em quais condições oferece seus produtos. A seguir serão apresentados alguns instrumentos de promoção:

Instrumentos de Promoção

Existe uma vasta relação de instrumentos de promoção que estão à disposição da empresa com a finalidade de estabelecer uma comunicação persuasiva: Propaganda de espaço, propaganda com auto-falantes, mala direta, apresentações de vendas, demonstrações, selos comerciais, concursos, prêmios, amostras grátis, liquidações de preços, cupons, pôster e cartões, displays de ponto de vendas, literatura de vendas, catálogos, filmes, exposições comerciais, conferências de vendas, embalagem, publicidade do produto, publicidade da empresa, entre outros.

Principais componentes do composto de promoção:


I – Propaganda – qualquer forma paga e impessoal de apresentação e promoção de idéias, bens ou serviços, por um patrocinador identificado. Trata-se de um dos componentes mais importantes, chegando muitas vezes a se confundir com o próprio marketing.
Quando bem elaborada, a propaganda pode proporcionar uma venda expressiva do produto anunciado. Porém, dependendo da mídia utilizada, pode ser considerada a forma mais cara de promoção para a empresa. Como exemplos podem ser citados: espaços em revistas, televisão, outdoor, entre outros.
Para que o processo de comunicação seja realizado de forma satisfatória, a um custo compatível com a situação financeira dos pequenos empreendimentos, é necessária inicialmente a definição do público-alvo, para em seguida definir os canais apropriados.

II – Venda Pessoal – apresentação oral em um diálogo com um ou mais compradores, com o propósito de realizar vendas. A venda pessoal é a que mais interage com o cliente, colocando o vendedor e o comprador numa conversa direta, com troca de informações, opiniões e feedback. O vendedor é o intermediário da negociação entre a empresa e o cliente, fornecendo e colhendo informações pertinentes de ambos os lados. Esta modalidade exige do vendedor um conhecimento aprofundado tanto do produto quanto da empresa para que a venda seja efetuada com a maior segurança possível.

III – Publicidade – estímulo impessoal da procura para um produto, serviço ou negócio, pela divulgação de notícias comercialmente significativas sobre a mesma, numa mídia impressa ou apresentação favorável da mesma em rádio, televisão ou no palco e que não seja pago pela empresa. Isto implica uma preparação de relatos e reportagens de notícias da empresa ou do produto, e tenta fazer com que a imprensa se interesse em usá-los.

IV – Promoção de Vendas – aquelas atividades de marketing que não são de venda pessoal, propaganda ou publicidade, que estimulam as compras dos consumidores e a eficácia dos revendedores, tais como displays, shows, exposições, demonstrações e diversos esforços não periódicos de vendas que não se incluem na rotina normal.
Considerando os altos custos de outros componentes, a promoção de vendas pode ser definida como uma das alternativas mais adequadas para às micro e pequenas empresas.
Destacam-se como promoção de vendas os bônus de descontos, redução de preços, concursos, brindes, cupons, amostras grátis, coleções, liquidação, feiras, convenções, exposições, treinamentos, ofertas de novos produtos, descontos, patrocínios, entre outros.
É importante identificar qual destes instrumentos promocionais melhor se relaciona a sua atividade, ao porte da empresa e ao público-alvo que pretende atingir.

sábado, 20 de setembro de 2008

Simplificando o Marketing nos Pequenos Negócios - Parte 3

Praça, qual a trajetória do seu produto?

Complementando a abordagem acerca do composto mercadológico, desenvolvida na nossa conversa anterior, falaremos sobre o segundo “P” do mix de marketing, que é a “Praça”, também conhecida como ponto de venda ou canal de distribuição. Representa a trajetória que o produto percorre desde o fabricante até o consumidor final. Existem diversos tipos de canais: canais para bens organizacionais, canais para serviços, canais de distribuição múltiplos, e canais para bens de consumo. No caso dos bens de consumo, os produtos podem chegar ao consumidor através de quatro formas:

1º Canal – dois níveis (Produtor – consumidor final);
2º Canal – três níveis (Produtor – varejista – consumidor final);
3º Canal – quatro níveis (Produtor – atacadista – varejista – consumidor final);
4º Canal – cinco níveis (Produtor – atacadista – distribuidor – varejista – consumidor final).

Quanto maior o canal de distribuição mais distante fica o consumidor, ocasionando também um aumento no preço de venda final.
As decisões de canais de marketing tornam-se, portanto, entre as mais complexas que as empresas enfrentam, podendo variar desde a venda direta até a escolha de um ou mais intermediários, dependendo da estratégia que o produtor venha utilizar. A Distribuição é portanto, um dos processos mais críticos, pois problemas como o atraso na entrega são refletidos diretamente no cliente.
Deve-se ressaltar a importância de se estabelecer um planejamento para definição do canal mais adequado para cada realidade.
Existem no mercado, especialistas que atuam diretamente com a administração dos diversos canais, como: distribuidores, grandes e pequenos varejos em todos os setores e segmentos, atacadistas, representantes comerciais, comércio eletrônico (lojas virtuais, B2B, B2C), vendas diretas, entre outros.
São vários os aspectos que devem ser considerados, no que diz respeito ao ponto comercial. Dentre eles destacam-se os seguintes:

I – Localização - diz respeito à cidade, região, acesso do cliente, além de outros aspectos como o preço do ponto, atração física do local, meio ambiente onde está localizada (fluxo de carros, ônibus, vizinhança). Na prática as pequenas empresas diferem das grandes empresas quanto à análise e investigação do potencial dos locais onde serão instalados seus negócios. Enquanto as pequenas empresas se apóiam apenas nos censos de população e em contagem simples de tráfego, as grandes realizam levantamentos minuciosos e dispendiosos dos hábitos de compras dos consumidores e volume de vendas estimado.
II – Apresentação da Empresa - Devem ser considerados os elementos internos e externos do ponto, como espaço físico, cores, iluminação, música ambiente, layout interno, facilidades de estacionamento, temperatura ambiente, informações e comunicação com os clientes através de desenhos e sinalizações. A apresentação da empresa influencia diretamente o cliente.
III – Distribuição Física e Logística - Um sistema de planejamento e controle do fluxo de pessoas deve ser implementado, para que o produto chegue de forma adequada até o cliente, com conforto, comodidade, conveniência e agilidade.

O próximo tópico a ser abordado será a "Promoção", sem a qual fica impossível permanecer no mercado altamente competitivo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Simplificando o Marketing nos Pequenos Negócios - Parte 2

O composto mercadológico, suas aplicações e importância para o dia a dia das empresas

O composto mercadológico, conhecido também como mix de marketing, ou ainda, “quatro P’s” (produto, praça, promoção e preço), representa as várias ferramentas e técnicas usadas para implementar o conceito de marketing.
Com o passar dos anos e a evolução constante do mercado, além dos “quatro P’s”, amplamente divulgados surgiram outros componentes, com novas atribuições e complementos, de forma a ampliar-se e adaptar-se diante dos rumos do mercado moderno.
Vamos falar inicialmente do produto:
Ao se adquirir um produto, não se busca apenas o objeto em si, mas a satisfação que ele proporciona. Compra-se na verdade, beleza, prazer, status, conforto, liberdade, saudade, enfim um conjunto de atributos e benefícios, que as pessoas dão valor e que proporcionam a satisfação de suas exigências e necessidades. Portanto, antes de se pensar em o que produzir, é necessário identificar as reais expectativas do público-alvo que se quer atingir. Isso pode ser feito mediante pesquisa formal ou informal, e muita, mas muita observação.
Vale ressaltar que o produto pode ser representado pelos bens, os serviços ou a união dos dois.
Ao serem lançados pelas empresas, há esperança de que os produtos ou serviços tenham vida longa e proporcionem lucros crescentes. Mas nem sempre isto é uma realidade. Torna-se necessário então, uma constante reprogramação e realocação de recursos, com o objetivo de mantê-los. Caso isto não seja viável, é aconselhável a sua retirada do mercado ou substituição por outro que dê um maior retorno para a empresa. É preciso levar em conta o ciclo de vida do produto ou serviço, que requer ainda uma estratégia de marketing apropriada.
Falaremos mais adiante, dos outros componentes do marketing, que não menos importantes, se bem utilizados garantem o sucesso de qualquer empreendimento.

domingo, 14 de setembro de 2008

Simplificando o Marketing nos Pequenos Negócios - Parte 1

Muito já foi falado e escrito sobre Marketing, mas ainda é expressivo o número de pessoas que não entende o seu significado. Talvez pelo fato de nem sempre ter sido abordado de forma clara e objetiva, é visto como algo caro ou inatingível para os pequenos negócios, e que só as grandes empresas podem acessar. O que se pode observar é que grande parte das definições hoje utilizadas a respeito do Marketing, é voltada para especialistas, e não para aqueles que buscam um conhecimento básico sem que seja necessário passar por cursos universitários e especializações.
Sendo assim, torna-se fundamental disseminar nos meios empresariais, através de mecanismos simples e objetivos, a importância do Marketing, focando sua importância, seus métodos, processos, abrangência, independentemente do tipo ou porte do empreendimento, a que se destina.
Embora os pequenos empreendimentos possuam limitações orçamentárias de todas as ordens, não poderão sobreviver nos tempos atuais sem dispor de uma estratégia de mercado. A concorrência está cada vez mais acirrada, e os responsáveis por empresas de micro e pequeno porte têm que ter a consciência de que seus concorrentes estão por todos os lados, querendo a sua fatia de mercado.
São muitos os desafios que os pequenos negócios têm que enfrentar para se manterem no mercado. Desta forma o marketing passa a ser um forte aliado na conquista e manutenção de seus clientes, a partir do momento em que apresenta um conjunto de alternativas que contribuem para a consolidação do empreendimento.
Mas, para que se possa avançar no ambiente empresarial, é preciso, antes de mais nada, desmistificar algumas idéias que de forma equivocada se instalaram na mente das pessoas, ao longo dos anos a respeito do marketing, tais como: Marketing é venda, é propaganda, é gerenciamento, é comunicação, é serviço, é enganação, é coisa para grandes empresas, é caro, é inacessível para empresas de pequeno porte.
Nas postagens que se seguem, farei uma abordagem sobre o "composto mercadológico" ou "mix de marketing", e de que forma podem ser implementados nos pequenos negócios. Até lá!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Assim como são as empresas, são as criaturas

São incontáveis os desafios que as empresas enfrentam diariamente para se manterem no mercado altamente competitivo.
Encarar e se adequar às inovações tecnológicas requer um esforço redobrado e investimento compatível. Além disso, a concorrência está sempre à espreita esperando a hora exata de tirar proveito dos seus pontos mais vulneráveis. A elevada carga tributária e a burocracia continuam sendo uma pedra no sapato de qualquer empresário, pois atravancam as possibilidades de aceleração do crescimento. Acrescenta-se ainda, a definição de políticas adequadas de criação e comercialização dos produtos.
Porém, de nada adianta todo o esforço em aquisição de equipamentos de última geração, lay-out perfeito, controles administrativo-financeiros, instalações impecáveis, se não superarmos o maior dos desafios que é “trabalhar as pessoas”.
As empresas estão repletas de competências, mas também de pessoas certas em lugares errados ou vice-versa. Isso é claramente perceptível quando se procura estabelecer mudanças em uma estrutura organizacional e não são identificados ali, perfis adequados às novas funções desafiadoras. Os processos ficam muito mais dolorosos e custosos, pois consertar o avião no ar requer uma destreza que só poucos têm o privilégio de realizar.
É preciso implementar políticas de acompanhamento e capacitação dos colaboradores, para que os impactos decorrentes das mudanças sejam um processo normal e não um tormento como acontece na maioria das vezes. Mesmo porque, existe uma variedade de estilos de comportamento que exigem muito jogo de cintura e estratégias apropriadas na sua condução.
Assim, podemos listar os tipos mais comuns de pessoas que compõem as equipes:
- O Faz de Conta – passa o tempo todo fazendo de conta que está trabalhando;
- O Tagarela – fala muito e age pouco;
- O Ousado – possui boas idéias e as coloca em prática;
- O Me Engana que eu Gosto – é um descrente de tudo, mas finge que acredita;
- O Escondidinho – procura ficar no lugar mais discreto da sala, só pra ninguém saber que ele existe e lhe cobrar o cumprimento das metas;
- O Carente – ao contrário do escondidinho, ele tem uma necessidade grande que os outros o perceba e o elogiem;
- O Preparado para Matar – adora puxar o tapete do colega;
- O Marcado para Morrer – os seus dias estão contados na empresa;
- O Topa-Tudo – encara desafios sem questionar;
- O Do Contra – discorda de tudo e de todos a sua volta;
- O Estivador – leva a empresa nas costas;
- O Esforçado – cumpre as suas tarefas, mas tem limitações;
- O Maria vai com as Outras – só faz se o colega fizer, mas é incapaz de dar o primeiro passo;
- O Otimista – mesmo diante das turbulências, sempre acredita que tudo vai acabar bem;
- O Trator – se for preciso passa por cima de todo mundo para alcançar seus objetivos;
- O Olho Gordo – gosta de ver a desgraça alheia;
- O Timoneiro – aquele que conduz o barco com competência e flexibilidade.

Bem, vocês acham que a lista termina aqui? É claro que não.
Agora o desafio é saber como obter sucesso na empresa, lidando com um universo tão diversificado de criaturas.

domingo, 7 de setembro de 2008

“A estratégia neste novo mundo é análoga a uma corrida de veleiros, em um ambiente fluido e dinâmico de vento, mar e outros concorrentes, onde a navegação requer uma série contínua de correções de curso e ajustes das velas. A estratégia já não parece um jogo de xadrez, em um tabuleiro estável, com regras estáticas, em um mundo de tijolos, argamassa e dinheiro. A navegação em um mar de mudanças será o estado natural para se fazer negócios” .

Autor: Robert Porter Lynch

Apareça e cresça


Quanto mais as atividades empresariais se expandem, maior se torna a importância das marcas. A constante disputa pela preferência dos consumidores faz com que os empresários busquem a marca como um elemento diferenciador e identificador de seus produtos.
Como consequência, o design vem se aprimorando a cada dia que passa, visando conquistar parcela maior da clientela.
A marca enquanto elemento diferenciador utiliza seus atributos intangíveis. Porém, para que se conquiste nichos de mercado é necessário sair de uma atitude passiva, porque os consumidores só serão efetivamente conquistados se suas mentes e corações forem atingidos, através de diversos apelos, onde a cultura, tradição, hábitos e costumes sejam respeitados.
Para que uma empresa possa se manter no mercado, é preciso desenvolver uma comunicação planejada e estruturada com foco na clientela.
A marca pode ser registrada nas formas nominativa, figurativa, mista ou tridimensional. A proteção será nacional, por um período de 10 anos podendo ser renovada por períodos iguais, quantas vezes forem necessárias.
O órgão responsável pela liberação do registro é o INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
Apesar do Brasil estar na lista dos primeiros colocados no mundo, em número de registro de marcas, existe uma parcela significativa do segmento empresarial que ainda não tem conhecimento, ou consciência da importância do registro das mesmas.
Há consumidores que percebem a qualidade através das marcas tradicionais, enquanto outros, com espírito inovador, preferem marcas mais jovens.
Quanto mais forte for a marca, mais fácil fica resistir ao ataque da concorrência, pois a clientela é muito mais cativa e fiel. As marcas fortes possuem maior credibilidade, valorizam o patrimônio da empresa, e atendem as expectativas dos consumidores.
Devido as grandes mudanças no mundo dos negócios, tornam-se indispensáveis constantes adequações e fortalecimento das marcas, buscando melhorar o relacionamento com o público-alvo.
As marcas podem inspirar afeição ou aversão, simpatias ou antipatias. Elas possuem um ciclo de vida onde nascem, crescem, se desenvolvem e morrem. É por isso que têm que ter um acompanhamento constante.
Enfim, no mundo atual dos negócios a marca existe como um elemento diferenciador, único e intransferível em cada empresa.

sábado, 6 de setembro de 2008

Pasmem


Outro dia estava conversando com alguns amigos sobre assuntos que consideramos importantes no contexto das organizações, quando de repente o colega João, me fez uma abordagem acerca de um tema que anda meio esquecido atualmente. Senti-me então estimulada a compartilhar o meu ponto de vista sobre este assunto que considero bastante instigante, pois trata da reação das pessoas diante das mais variadas situações. O tema em questão era “A Capacidade de Pasmar”.
A palavra pasmo deriva do latim spasmu e este do grego spasmós, significando espanto, admiração, assombro. O verbo pasmar significa 1. causar pasmo ou admiração a. 2. ficar estupefato, assombrado, admirado, sobressaltado.
Acredito que vários são os motivos que contribuem para que o termo esteja em desuso. Para início de conversa, basta dar uma olhada mais apurada a nossa volta para percebermos de que maneira as pessoas estão passando pelas situações ou com qual embalagem as coisas estão sendo apresentadas às pessoas. Por incrível que pareça, acho que parte disso tudo se deve às facilidades e as circunstâncias com as quais as coisas nos são postas. As inovações tecnológicas surgem a cada dia, objetos vão sendo substituídos por outros quase instantaneamente, e até as relações entre as pessoas ficam comprometidas. Os pasmos ocorrem de diversas maneiras, tanto nos aproximando (admiração) como nos distanciando da realidade (temor, tormento, aflição, desprezo). A correria diária, o mundo competitivo que escolhemos para viver, os absurdos que recheiam os jornais e programas de TV, a violência urbana, as desigualdades sociais, o descuido com a própria natureza, hoje são tão comuns, que aos poucos vão nos tirando a capacidade de admiração ou espanto, o que demonstra uma certa desatenção em torno de um cenário que nós mesmos criamos. E seguimos nessa corrida desenfreada em direção a um lugar ainda desconhecido, mas que todos almejamos chegar, não se sabe quando nem de que maneira. Os “cem metros rasos” são a nossa marca registrada. Mas onde é que ficam a simplicidade, a admiração, o tempo gasto com os detalhes, a singeleza, o olho no olho, os pequenos gestos, a conversa demorada, a pureza da alma que só as crianças carregam tão bem dentro de si? Deixo aqui a reflexão e o convite para resgatarmos a nossa “Capacidade de Pasmar”, não no sentido do afastamento da realidade ou bloqueio do conhecimento, mas sobretudo da aproximação na busca do verdadeiro sentido das coisas.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Desatando Nós


São milhares os nós que temos que desatar ao longo de nossas vidas, com variados graus de complexidade e intensidade.
O aprisiona, imobiliza, limita o senso de criação e ação. É preciso exercitar desde cedo à capacidade de se incomodar com a mesmice, procurando alternativas ousadas para ultrapassagem dos obstáculos encontrados pelo caminho. Tentar já é um grande passo.
Quantos nós conseguiremos enumerar e desatar em algumas empresas? A começar pelos paradigmas, que em certos casos são verdadeiros nós cegos. Os impostos, a concorrência desleal, a falta de controles financeiros, a resistência a mudanças, somados aos funcionários do contra, do faz de conta, que engrossam esta lista. A falta de informação é um que precisa urgentemente ser desatado, porque sem ela fica praticamente impossível competir em pequenas aldeias, imagine no mundo globalizado. Neste caso, a empresa tende a desaparecer sem ao menos ter consciência do verdadeiro motivo.
Eis que surge a figura do empreendedor, ser humano como qualquer outro, mas com características de comportamento diferenciadas, capaz de transformar as dificuldades que surgem a sua volta, em oportunidades. Onde muitos veem problemas ele enxerga soluções. Este sim, é o autêntico desatador de nós!!!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Do Sonho à Realidade

Quem na vida nunca se deparou com uma situação em que precisasse tomar uma importante decisão? Casar ou comprar uma bicicleta? Esta é uma questão que sempre que vem a tona, nos faz refletir.
E abrir uma empresa? Da noite pro dia surge um turbilhão de dúvidas, que somente dando uma parada para pensar com calma, a resposta poderá se apresentar juntamente com outras indagações que vão se multiplicando a cada momento. Sim! Porque um empreendedor que se presa deve refletir o máximo, sobre aquilo que quer montar. Mas, refletir não é o suficiente. É preciso ter atitude, que pode se traduzir através de gestos como: buscar informações, ler muito sobre o assunto, dar uma olhada sobre o que o mercado está necessitando...isso só pra começar. Que tal dar uma olhada no que se passa ao seu redor?
Surgem aqui diversos atores nesta história: consumidores, fornecedores, concorrentes, e por aí vai. É... acho que chegou a hora de elaborar um bom Plano de Negócios. Olha, esta iniciativa pode não lhe dar 100% de chance de sucesso, mas que minimiza significativamente os riscos, isso eu "garantcho"!!!
Ah, mas o que é mesmo este Plano de Negócios?
A literatura apresenta uma enorme variedade de conceitos, porém em poucas palavras, poderíamos dizer que trata-se de um "documento" que deverá conter todas as informações necessárias para a montagem de seu negócio. Nele poderão ser inseridos dados sobre o público-alvo que se deseja atingir, o mercado concorrente e fornecedor, mão-de-obra ideal, investimentos em máquinas, equipamentos, mobiliário, despesas com aluguel, água, luz telefone..., localização, necessidade de capital de giro, indicadores de resultados, e mais alguns itens que permitirão uma análise apurada da viabilidade econômico-financeira deste negócio.
Não se preocupe. Existem vários modelos disponíveis na Internet. Porém, no SEBRAE, você poderá ter acesso a excelentes Planos de Negócios, que lhe servirão de base.
Bem, este é um bom começo de conversa, e tenho certeza que ainda teremos pela frente muitos dedos de prosa. Até breve.